Mustache in Hell foi lançado em 2016 para PC (via Steam), chegando em fevereiro de 2024 para Xbox Series X|S, Xbox One, PlayStation 4, PlayStation 5 e Nintendo Switch. Com mecânicas de batalhas focadas em twin-stick shooter, o título traz uma história cômica, cheia de referências e com batalhas frenéticas em salas que alterna exploração com hordas de inimigos.

O game foi desenvolvido pelo estúdio brasileiro IdunaSoft com publicação da QUByte Interactive. Além de Mustache in Hell, o estúdio também desenvolveu Bricky to Me em 2021 para PC e em 2022 para as demais plataformas.

Mustache in Hell -4
Reprodução: QUByte Interactive

Narrativa

Em seu enredo o jogador controla John Mustache que se prepara para sua noite de sono tranquila quando é levado para o inferno. O ceifador que o leva dá as boas vindas e diz que sua tarefa é reunir cinco cubos mágicos para voltar a sua vida normal.  Entretanto, para realizar sua tarefa ele passará por maus bocados, pois os itens são guardados por criaturas poderosas, como aranhas gigantes e Cerberus, o cão infernal, e outras criaturas medonhas.

Sem muitas explicações a história assim começa e segue até o final. Para o gênero ao qual o jogo busca isso não é problemas. Nãos e levando a sério, a narrativa busca uma linha mais divertida e com muitas referências  a jogos clássicos, como Metal Gear Solid, e filmes de brutamontes dos anos 80.

Mustache in Hell -4
Reprodução: QUByte Interactive

Gameplay e fator replay

Quando o assunto é gameplay, o game aposta em mecânicas bastante simples que basicamente usam poucos botões para sua navegação e combate. Com o analógico esquerdo podemos movimentar o personagem e realizar uma esquiva limitada (pelo cansaço do personagem) com o X. Enquanto isso o analógico direito atira de forma direcional e com RT lançamos explosivos como gradas e minas terrestres.

Tal esquema de controle é bastante agradável e combina coma intensão do jogo:  matar o máximo de criaturas para limpar a área e avançar para a próxima sala. Por padrão a arma básica é um revolver com munição infinita, o que deixa o jogador bastante a vontade para não poupar esforços em eliminar o mobs. Já as armas e explosivos que encontramos no cenários são mais efetivas que a arma básica, mas são limitadas e se esgotam rapidamente. Com uma frequência bastante alta elas são repostas, o que incentiva a navegar pela sala toda a procura dos baús com os itens que pode tornar sua vida mais fácil.

Mustache in Hell -2
Reprodução: QUByte Interactive

Pela própria proposta do jogo iremos enfrentar diversos inimigos e em alguns momentos os ambientes jogam contra o player pelo fator design. Não é incomum se encontrar em cantos que não se pode sair sem ter a impressão de que aquele trecho não foi projetado para essa finalidade. Além disso, os inimigos poderiam ser melhor distribuído em seus respectivos níveis, pois o que acontece é a adição de novos tipos, ou seja, um inimigo que apareceu na primeira fase irá parecer nas próximas juntamente com os tipos característicos do ambiente. 

Por fim, sua duração não é necessariamente um problema, porém o game perde seu fator replay uma vez que não apresenta variação de salas aos moldes de um roguelike. Sim, o título já estava presente no PC em 2016, mas a chegada a novas plataformas (ou até mesmo uma adição na versão do PC) poderia vir acompanhada de um modo de jogo que aumentasse sua horas de gameplay e prendessem mais os jogadores.

Mustache in Hell -3
Reprodução: QUByte Interactive

Veredito

A chegada de Mustache in Hell é um jogos independentes que traz mecânicas simples, uma narrativa cheia de referências e humor  e visual cativante. A sua gameplay, baseada em twin-stick shooter com setor de exploração e outros com intensas batalhas, é divertida e traz um bom nível de dificuldade para o jogador. Porém, suas duas fases iniciais dão um gostinho do que o jogador pode esperar e já o prepara para a chuva de inimigos que irá enfrentar.

Seu visual simples é simpático e bem para a proposta, lembrando claro, da trilha sonora que combina com as batalhas frenéticas e desafiadoras. Em uma primeira gameplay o título se mantém interessante, porém a ausência de salas randômicas ao estilo roguelike faz falta e afeta o fator replay. Também incomoda a repetição de inimigos que causa a ausência de tipos exclusivos em cada nova fase.

Mustache in Hell não apresenta uma duração longa e se mostra um bom título para passar o tempo e conhecer títulos com propostas reformuladas que se tornam o seu diferencial.   

Chave cedida para pela QUByte Interactive para Xbox Series

REVER GERAL
Enredo
Gameplay
Trilha sonora
Visual
Fator replay
Renan Alboy
Editor do Megascópio e apaixonado por quadrinhos e jogos. Jogador de Gwent for fun e Mestre em Ciência da Computação.
critica-mustache-in-hell-e-um-jogo-de-exploracao-com-batalhas-freneticasMustache in Hell foi lançado em 2016 para PC (via Steam), chegando em fevereiro de 2024 para Xbox Series X|S, Xbox One, PlayStation 4, PlayStation 5 e Nintendo Switch. Com mecânicas de batalhas focadas em twin-stick shooter, o título traz uma história cômica, cheia...