Lords of Exile foi lançado em 14 de fevereiro para as plataformas Xbox One, Xbox Series X, PlayStaion 4, PlayStation 5, PC (via Steam) e Nintendo Switch. Desenvolvido pela Squidbit Works e distribuído pela PID Games, o título traz em seu visual e gameplay uma forte inspiração nos clássicos games 8-bits.  

Belo visual e pouca história

Ao bater o olho no game um dos primeiros aspectos que chama a atenção é o seu visual. Sem dúvida, foi feito um trabalho muito caprichado para o design das pixel arts dos personagens e ambientes, tornando-os bastante fiéis a busca nostálgica proposta pelo título. 

As animações também ganham destaque ao serem adicionadas não só ao personagens, mas em momentos que armadilhas perseguem Gabriel ou no trechos que mais elementos do cenário apresentam movimento. É um título que jogadores mais experientes irão gostar bastante do visual. Sua trilha sonora se encaixa bem com o cenários e se mostra bem trabalhada.

Lords of Exile - 3
Reprodução: PID Games

Quando prestamos atenção aos detalhes de Lords of Exile podemos perceber que não e apenas o seu visual é inspirado nos jogos 8-bits, mas também o formato de sua narrativa. Apresentado uma breve introdução do protagonista Gabriel, nos é informado que ele está em uma jornada de vingança pela perda de seus entes queridos. E bom … é isso.

Durante as demais partes da gameplay pouco é acrescentado a sua história, mais detalhes do universo em que o game se passa também não são informados. Não necessariamente por Gabriel, que segue uma linha bastante padrão de protagonista de jogos do gênero, mas sim dos chefes e  uma melhor contextualização do universo em que se passa. Tais detalhes poderiam adicionar mais profundidade ao enredo raso e combinar muito bem com os tempos de hoje que documentos com informações vagas voltaram a ser bem aceitos como parte de uma lore.

Morrendo de um lado ao outro

Equipado com sua espada e itens de arremesso, nosso protagonista começa sua aventura, sendo necessário atravessar oito mapas com estruturas bastante semelhantes e possibilidade de movimentação side scrolling. Ao longo dos níveis iremos enfrentar diferentes tipos de inimigos e superar buracos e caixas até chegar ao chefão do local. Quando derrotado, o jogador ganha upgrades e a passagem para o nível da frente, ou seja, o básico e esperado para jogos do gênero.

Os combates são responsivos e funcionam bem, mas bastante desafiados. Muito provavelmente não será incomum o jogador ter que realizar diversas tentativas para assimilar padrões de ataque e conseguir superar o desafio. Em alguns momentos isso pode ser frustrante e exigir do jogador uma pausa para retornar ao game com a cabeça mais fria.

Lords of Exile - 1
Reprodução: PID Games

Além disso, em algumas fases sequencias de pular serão seus arqui-inimigos. Isso porque mesmo os pulos mais curtos precisam de precisão para atingir a borda do outro lado, o que não é um problema incomum que utiliza como base pixel arte, porém é irritante e colabora para as pausas anteriormente ditas.

Sobre as fases, cada uma das oito apresentam ambientações específicas, bem como alguns tipos de inimigos exclusivos delas. Esse cuidado ajuda o jogador a imergir mais na experiência e deixando brechas para curiosidade do que está por vir e quais updates poderão ser obtidos. Vale comentar que os chefes são marcantes e mesmo desafiadores apresentam padrões de ataque que podem ser percebidos após algumas boas tentativas, como dito anteriormente.

Reprodução: PID Games

Veredito

Lords of Exile é desafiador e pode ser um pouco cansativo, porém suas mecânicas responsivas e evoluções contínuas do personagem engajam o jogador. Seu visual combina e acerta na sua proposta de trazer um jogo clássico 8-bits para a atual geração de consoles. Entretanto, deixa a desejar em relação a sua narrativa ao apresentar um universo aparentemente vasto e rico, mas sem muitas informações.

O apelo a nostalgia grita em todos os aspectos do game e irá agradar ao mais nostálgicos. Quanto aos jogadores mais novos pode ser uma boa experiência para testar jogos diferentes e ter contato com elementos que marcaram muitas gerações passadas.

Chave para Xbox Series cedido pela PID Games

REVER GERAL
Enredo
Gameplay
Visual
Trilha sonora
Evolução do personagem
Renan Alboy
Editor do Megascópio e apaixonado por quadrinhos e jogos. Jogador de Gwent for fun e Mestre em Ciência da Computação.
critica-lords-of-exile-traz-o-classico-8-bits-aos-consoles-da-nova-geracaoLords of Exile é desafiador e pode ser um pouco cansativo, porém suas mecânicas responsivas e evoluções contínuas do personagem engajam o jogador. Seu visual combina e acerta na sua proposta de trazer um jogo clássico 8-bits para a atual geração de consoles. Entretanto, deixa a desejar em relação a sua narrativa ao apresentar um universo aparentemente vasto e rico, mas sem muitas informações.