Crítica: Final Fantasy XVI – Ecos dos Decaídos apresenta um ritmo apressado de um conteúdo com potencialEchoes of The Fallen, ou Ecos dos Decaídos em português brasileiro, é a primeira expansão de conteúdo de Final Fantasy XVI. Lançada durante o The Game Awards no dia 8 de dezembro, esse conteúdo pode ser adquirido pelos jogadores por R$53,90 na PlayStation Store.

Crítica: Final Fantasy XVI - Ecos dos Decaídos
Reprodução/Square Enix

“A Deusa ajuda quem cedo…”

Com cerca de 3 horas e meia de duração, os cristais são mais uma vez o ponta pé inicial para uma nova jornada que envolve Clive, Torgal, Jill e Joshua. O grupo é convocado por Charon para investigar uma nova espécie de cristal sombrio que está circulando no mercado clandestino do reino, e um grupo de comerciantes caricato ganha os holofotes.

Após seguirmos os rastros deixados por esse grupo, Clive e seus amigos são levados pelo destino para uma torre dos Decaídos que foi abandonada há muito tempo. Com um design majestoso e grandioso, adentramos no que o jogo nomeou de Pináculo dos Sábios, uma torre que contém segredos que estão adormecidos há séculos.

Apesar de Final Fantasy XVI apresentar vários tópicos político-econômico que podem facilmente ser discutido por horas, e quem sabe até virar uma espécie de livro futuramente, essa expansão (DLC) não tem tempo para explorar o potencial de sua trama – e acaba atiçando ainda mais à imaginação dos fãs que estão órfãos de Valisthea.

Final Fantasy XVI
Reprodução/Square Enix

Um cenário grandioso, porém pouco aproveitado

Se o compositor Soken por um lado continua atiçando a chama nos corações dos fãs de Clive com músicas arrebatadoras, os desenvolvedores também não ficam para trás! Essa expansão traz dois bônus especiais, sendo eles: Espada Destruidora, a emblemática espada de Cloud Strife e Zack Fair de Final Fantasy VII, E A Bobina da Orquestra Mecânica – Distante (1987). Os itens bônus poderão ser resgatados na aba sistema no menu principal após alcançar a missão principal Um Encontro Fortuito.

Para embarcar nessa breve trama sobre os Cristais do Crepúsculo, é preciso desbloquear a Origem no Mapa-Múndi e concluir a missão secundária Planos e Vontades e Inestimável. Uma vez concluídas, basta se dirigir a Charon e iniciar a missão.

Enquanto a trama induz as nossas mentes a divagarem sobre os conflitos que estão ocorrendo nas fronteiras imperiais, somos imersos na extração desses cristais. O grande problema não se encontra na trama, e sim na necessidade e urgência de encerramento rápido que acelera um conteúdo com um grande potencial de exploração.

Apesar de uma luta final cativante e frenética, a urgência no fechamento desse capítulo fica um tanto claro quando vemos diálogos apressados e a exclusão de movimentos intuitivos dos personagens, responsáveis pela fluidez presente no jogo base.

Ecos dos Decaídos
Reprodução/Square Enix

Ecos que não devem se repetir

Com uma trama com potencial desperdiçado, a expansão de conteúdo “Ecos dos Decaídos” apresenta um ritmo apressado de uma história que tinha todas as ferramentas para se tornar emblemática.

Final Fantasy XVI já está disponível para PlayStation 5, assim como a expansão Ecos dos Decaídos. A próxima expansão do décimo sexto título será a “The Risign Tide” que promete ter cerca de 10 horas de conteúdo, segundo o diretor de Echoes of the Fallen, Takeo Kujiraoka. Nessa vindoura expansão veremos mais do mistério de Leviathan que se manteve invisível durante décadas.

*Chave para PS5 cedida pela Square Enix

Confira também: 

REVER GERAL
Roteiro
Direção
Trilha Sonora
Jogabilidade
Thai Spierr
Crítica, criadora de chocobo e consumidora de animes e games em tempo integral. Especialista em estudos sobre acessibilidade e classificação etária em jogos
critica-final-fantasy-xvi-ecos-dos-decaidos-apresenta-um-ritmo-apressado-de-um-conteudo-com-potencialCom uma trama com potencial desperdiçado, a expansão de conteúdo “Ecos dos Decaídos” apresenta um ritmo apressado de uma história que tinha todas as ferramentas para se tornar emblemática.