Em entrevista ao GameSpot, o diretor das duas DLC’s de Final Fantasy XVI, Takeo Kujiraoka, revelou mais detalhes e deu um contexto mais amplo das influências por trás do desenvolvimento da expansão Echoes of the Fallen, já lançada em dezembro de 2023, e da próxima The Rising Tide, que chega esse ano.

O diretor revelou detalhes sobre a história das expansões e como elas complementam as pontas soltas que a história o jogo principal deixou em aberto. Além de comentários sobre a trilha sonora e das mecânicas, especialmente nos combates, presentes nas expansões.

Kujiraoki começou falando sobre a importância do feedback da comunidade de Final Fantasy XVI e que essa resposta dos jogadores teve grande influência na decisão que a equipe de desenvolvimento teve para aumentar um pouco mais a dificuldade no combate em Echoes of The Fallen:

“Nos alteramos intencionalmente o balanceamento dos combates presentes no jogo principal. Mais especificamente, nós aumentamos a força geral dos inimigos da DLC.”

“Em parte, isso se deve ao fora que tivemos que diminuir a força dos inimigos em FFXVI para que o máximo possível de jogadores pudessem terminar a história principal. Mas de acordo com o feedback dos jogadores, talvez não deveríamos ter diminuído tanto essa força.”

Ele também mencionou que os combates das DLC’s podiam ser mais desafiadores já que a maioria dos jogadores, agora, já estão mais familiarizados com as mecânicas de combate do jogo e podem usar essa experiência para conseguir avançar no conteúdo das expansões.

Combate com Omega em Echoes of The Fallen
Combate com Omega em Echoes of The Fallen. Reprodução: Square Enix

O diretor também revelou que o combate da DLC teve algumas mecânicas inspiradas no MMORPG Final Fantasy XIV:

“Podemos ter recorrido a alguns episódios anteriores da série, incluindo FFXIV, para nos inspirar sobre como visualizar habilidades ou para nomeá-las, mas são puramente homenagens a títulos anteriores e uma amostra aos fãs. Dito isto, é surpreendente a quantidade de jogadores a mais do que o esperado sentiram a influência de FFXIV em FFXVI”, disse Kujiraoka.

Essa não foi a única similaridade das expansões com FFXIV, o compositor Masayoshi Soken remixou o combate com o Omega de Echoes of The Fallen com o tema “eScape” de FFXIV.

Kujiraoka comentou sobre isso: “Quando conversava com Soken, ei sempre explicava a situação que a música seria utilizada, lugares onde eu gostaria que a música mudasse e o timo de gênero musical e etc. Mas desse ponto em diante, o time de composição tinha total liberdade para trabalhar nas músicas.”

“Isso foi tudo resultado do próprio pensamento de Soken: Construir a atmosfera de Echoes of the Fallen e sua ideia para o Omega.”

Final Fantasy XVI
Final Fantasy XVI. Reprodução: Square Enix

Takeo Kujiraoka finalizou comentando sobre a história da próxima expansão The Rising Tide e das possibilidades de conteúdos futuros:

 “Todas as pontas soltas do final do jogo principal vão ser endereçadas na primeira e segunda expansão, então acho que fazer qualquer coisa à mais seria complicado.” 

Mas complementou: “Tem uma questão  do que talvez fosse possível encontrar nas ilhas exteriores, ao redor dos oceanos de Valisthea, seria algo que estou bastante interessado, pela perspectiva tanto como desenvolvedor quanto como jogador.” 

DLC The Rising Tide Final Fantasy XVI
DLC The Rising Tide. Reprodução: Square Enix

Sobre The Rising Tides o diretor falou que não poderia dar muitos detalhes, mas comentou algumas coisas. Disse que nas duas DLC’s, um dos tópicos por trás da história principal, foi a questão de como as pessoas viveriam em um mundo onde existem poucos cristais ou até mesmo em um mundo onde ninguém possa usar esses cristais.

“Nós incluímos vários indícios que mostram como o mundo pode ter se tornado após o fim do jogo principal, sem necessariamente apresentar uma conclusão definitiva. Mas conforme construímos essa história, eu sempre falava com a equipe de desenvolvimento, que eu gostaria que os jogadores se sentissem otimistas com a possibilidade das pessoas de Valisthea pudessem viver em um mundo sem mágica”, revelou.

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