Enfim chegou a Netflix a aguardada série de Sandman! A adaptação da icônica história escrita por Neil Gaiman, e com grandes nomes nas artes, teve sua produção e gravação bastante cuidadosas para não vazar informações de forma antecipada. Pudemos conferir os três primeiros episódios antecipadamente e vamos trazer as primeiras impressões sem spoilers.

Em Sandman somos apresentados a Morpheus, o Senhor do Reino do Sonhar, que é um dos sete perpétuos. Quando buscava capturar sua irmã, a  Morte,  Sonho acaba aprisionado em seu lugar em 1916, assim, trazendo graves consequências ao mundos desperto já que os perpétuos regem alguns aspectos da vida. Liberto mais de um século depois, Sonho deve recuperar seu reino e lidar com as consequências de sua ausência.

Já começando pelo roteiro, talvez uma das maiores preocupações dos fãs, é importante avisar que houve adaptações para a construção de uma história mais coesa para o público em geral e que se adequasse aos nossos tempos. Por exemplo, a produção não se passa no mesmo ano mostrado nas HQs e o motivo da captura de Morpheus, que é revelado no quadrinho Sandman Prelúdio, é justificado de forma sutil, coerente e eficiente.

As adaptações dos personagens não afetaram a importância ou características principais dos que adaptados e empolgantes. Grande parte da fidelidade vista nos episódios analisados se deve a equipe de roteiro, que contou com o próprio Gaiman.

Sandman1

Se os roteiros estão caprichados e fiéis, as atuações não são dignos de menos elogios. O elenco como um todo está muito bem, sendo Tom Sturridge um dos destaques pela sua expressividade e transição de emoções em cenas que um olhar deve dizer muito. A direção de Mike Bikker (episódio 1) e Jaime Childs (Episódio 2 e 3) estão competentes. Ambos abordam bem diferentes ângulos e cortes rápidos que podem não parecer muito importantes a uma primeira vista.

Os figurinos também não ficam para trás, mesmo sendo simplistas, as roupas e cenários conseguem remeter a época planejada, o que imerge ainda mais o expectador na história. Por fim, os efeitos visuais estão caprichados e mostram que o investimento feito na série foi bem aplicado ao trazer, por exemplo, criaturas interessantes e um reino do sonhar em ruínas que vai deixar todos bastante animados.

Primeiras impressões

Todos os aspectos positivos citados anteriormente são fruto de uma junção que tem tudo para gerar uma boa adaptação: o envolvimento do autor com sua obra e o entendimento do serviço que mudanças podem ser feitas, mas de forma coerente e respeitosa com a história. Como resultado foram mostrados episódios divertidos, bem dirigidos e roteirizados, intensos e que carregam a essência da narrativa que está sendo adaptada.

Se vale apena assistir a série? Sem dúvida! Sandman tem um grande potencial para agradar os diversos públicos. Além disso, por mais que a história seja cheia de simbolismos e filosofia, a escrita, montagens e atuações conseguem a mesma façanha dos quadrinhos de transmitir sua mensagem sem se tornar pedante, abraçando sua audiência ao tornar tangíveis temas abstratos e incentivar a curiosidade com personagens carismáticos igualmente ao material original.