Malévola – Dona do Mal é a continuação do longa que encabeçou a onda de adaptações em live-action das famosas e renomadas animações da Disney. O longa se passa cinco anos após Aurora (Elle Fanning) despertar de seu sono profundo, a agora rainha dos Moors (Território das Fadas) é pedida em casamento pelo príncipe Philip (Harris Dickinson) do Reino de Ulstead. Ao aceitar o convite de Philip e ao pedido de Aurora, Malévola comparece ao jantar para conhecer os sogros de Aurora, John (Robert Lindsay) e Ingrith (Michelle Pfeiffer), Rei e Rainha do reino de Ulstead respectivamente. Devido ao interesse de Ingrith em querer acabar com Moors, a Rainha então incrimina Malévola de ter amaldiçoado seu marido e então a trama se inicia.

Apesar de uma premissa clichê, seguindo a fórmula dos contos de fadas o longa não tem apenas pontos negativos. Logo no início do longa o expectador pode facilmente se incomodar com a falta de perspicácia de Aurora, tendo em vista toda sua trajetória e o seu conhecimento.

Outro fator que incomodou foi a falta de coesão na narrativa, assim como a personagem principal, Malévola. Se no primeiro longa Malévola cativava a todos por ser má e fletar com a afeição, nessa sequência Malévola parece que esqueceu quem ela é. Por mais que momentos de breves piadas tenham funcionado, o exagero por outro lado minimizou a proposta original do personagem.

Apesar de Jolie sempre “roubar a cena” e arrancar sorrisos e suspiros, a verdadeira Dona do mal foi Ingrith, interpretada por Michelle Pfeiffer. Pfeiffer mais uma vez provou que sabe encarnar uma verdadeira rainha má.

O filme se apropria –talvez não tão claramente para todos- de referências visuais que fãs de Game of Thrones certamente estão familiarizados, porém de uma forma menos brutal, mas nem por isso menos impactante para a faixa etária recomendável. O longa apresenta “novos” seres dentro e fora de Moors, a diferença entre eles é que os seres de Moors não tem a menor função na trama, além de proporcionar momentos de fofura.

Um ponto extremamente positivo neste longa é o deslumbrante e fluido CGI que proporcionou belíssimos cenários medievais fantasiosos. Um dos “pilares” que sustentaram o filme foram as cenas finais que envolveram a grande batalha entre os seres mágicos e os soldados do Reino comandados pela Rainha. A trilha sonora teve sua parcela de importância imergindo ainda mais o espectador naquela guerra, que apesar de não contar com cenas violentas, consegue cumprir muito bem papel.

Malévola – Dona do Mal se mostrou um excelente colírio para os olhos e deu a oportunidade para o espectador conhecer um pouco mais sobre as origens de Malévola, porém nada mais do que isso.

NOTA: 3 / 5