Lançada no Brasil pela Devir Editora em janeiro de 2022, “Buzzkill, o Poder é Uma Droga” tem roteiro de Donny Cates (God Country, Venon, Thanos) e Mark Reznicek, arte de Geoff Shaw (Crossover, God Country) e cores de Lauren Affe (Stranger Things Library, Five Ghosts). Apresentando uma história curiosa, a narrativa fisga o leitor por expor as fragilidades do protagonista, mostrando seus erros e o quão ele quer ficar longe do mundo de superpoderes. A publicação compila as quatro partes da história em um único volume.

Do que se trata a história?

Na narrativa somos apresentados a Francis, ou Ruben, que é seu pseudônimo usado nos grupos de ajuda para dependentes químicos. Francis apresenta superpoderes, porém para que eles se manifestem ele deve realizar o consumo de drogas, bebidas etílicas ou estimulantes. A intensidade do poder depende do que é consumido, ou seja, quanto mais forte a droga e a quantidade, maiores serão suas habilidades.

Sendo os poderes descobertos na época da faculdade durante um trote, seus dons só lhe trouxeram problemas. Além de perder a garota que ama, ele se vê atormentado por outros super poderosos e na lista de caça preferencial de violões do qual já enfrentou.

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Roteiro e arte

O roteiro do quadrinho é conciso, rápido e faz uso de flashback para mostrar as situações das quais os personagens estão relembrando. Este recurso é importante para a história, pois já começamos com um protagonista buscando ajuda, sem informações do por que ou seu passado. Assim, ajudando no dinamismo e mostrando somente os pontos que importam.

Como recurso para diferenciação temporal, a arte ganha uma texturização diferenciada com cores menos brilhantes, também sendo utilizadas narrações em off com balões de cores que só se repetem nestes momentos. Nas demais artes podem ser observadas a utilização de traços mais sujos, que combinam com tom violento e sufocante da narrativa.

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Vale a pena?

“Buzzkill, O Poder é Uma Droga” é uma história trágica e tem uma premissa diferente ao colocar um contraponto curioso com a questão de responsabilidades e uso coerente da força de um herói. Como pensar no uso racional do poder quando ele está relacionado a entorpecentes? A partir de um poder que destrói, o leitor pode embarcar numa história inusitada e que é uma dica de leitura certa!

*Material de review cedido pela Devir Editora

Confira também:

REVER GERAL
Enredo
Personagens
Ilustração
Cores
Renan Alboy
Editor do Megascópio e apaixonado por quadrinhos e jogos. Jogador de Gwent for fun e Mestre em Ciência da Computação.
buzzkill-o-poder-e-uma-droga-critica"Buzzkill, o Poder é Uma Droga é um quadrinho muito interessante. Sua história prende o leitor e desperta a curiosidade em sua trágica jornada. A arte combina com o tom da narrativa.