Um dos povos mais guerreiros e alegres do universo conhecido de The Witcher são os ilhéus de Skellige. O território compreende a um arquipélago formado por seis ilhas com sua população dividade em sete Clãs. O arquipélago é um dos Reinos do Norte e também são inimigos declarados de Nilfgaard. Tal rivalidade foi aflorada com a morte do Rei Eist, esposo da Rainha Calanthe, governante de Cintra, que foi morto na batalha de Marnadal.

As ilhas que compõe o arquipélago são Ard Skellig, Um Skellig, Undvik, Faroe, Hindarsfjall e Spikeroog. Como reino, a sua capital é Kaer Trolde e sua política é bem atípica em relação aos demais reinos. Entre suas principais atividades econômicas está a exploração do mar, assim, sua população é conhecida pela maestria na navegação e também por ser um povo forte e briguento. A descrição de suas maestrias, e como são retratados fisicamente e culturalmente, lembram bastante os povos que ocuparam a região da Escandinávia.

Dada esta breve introdução sobre os Skellige, que tal conhecer um pouco mais de seus Clãs, estrutura política e religião? Claro, sem esquecer de coloca-los no contexto mostrado em The Witcher 3 e também a sua breve passagem pela série produzida pela Netflix.

Os Clãs de Skellige

Entre os clãs do arquipélago estão os An Craite, Dimun, Brokvar, Drummond, Tuirseach, Tordarroch e Heymaey. Estes são os que tem mais poder e influencia para as tomadas de decisões. Também, cada um deles possui simbolo específicos e atividades que os diferenciam entre si. Por habitarem um arquipélago, a maioria dos clãs possuem relações com o oceano. Além disso, possuem um histórico místico muito rico repleto de batalhas heroicas e nomes lendários.

Confira uma breve descrição das principais características de cada clã:

  • Dimun: ocupam o território de Faroe, governado por Harviken, e tem entre seus membros conhcidos Halbjorn, Jutta e Holger Blackhand. Os membros tem fama de serem ladrões e trapaceiros, mesmo Broddr (o progenitor do clã) considerado um modelo de virtude.

   

  • Brokvar: São famosos pelos serem excelentes arqueiros. Porém, os clãs An Craite e Tuirseach os consideram covardes pela retirada de uma batalha em que os inimigos estavam em maior número. Entre seus membros mais conhecidos está o Jarro Udalryk.

  • An Craite: O clã era o antigo governante do arquipélago e são grandes aliados dos Tuirseach. Comandam um poderoso exército naval e são conhecidos pelas suas proezas marinhas. Entre seus membros mais proeminentes estão Crach An Craite e seus filhos Hjalmar e Cerys.

  • Drummond: O clã também pratica a pirataria, porém seu principal alvo são os Heymaey na ilha Hindarsfjall (a menor do arquipélogo). Também são riváis dos an Craite. Eles ocupam o sul de Ard Skellig e seus membros mais conhecidos são Lugos Maluco e Knut, o Insensível.

  • Tuirseach: São os atuais governantes das ilhas e um dos clãs mais influentes. Sua influencia não se limitou aos arquipélogos, pois o Rei Eist foi caso com a Rainha Calanthe, assim, foi rei de Cintra. Entre seus aliados estão os an Craite. Entre seus membros notórios estão Bran e Svanrige Tuirseach.

  • Tordarroch: São formidáveis mestres ferreiros e pescadores. Em sua história, foram expulsos de Undvik pelo Gigante de Gelo e só retornaram para reconstruir sua cidade após Hjalmar an Craite (eventos de THe Witcher 3). Entre seus membros mais notórios estão Yoana (a ferreira de Velen) e Harald Houndsnout.

  • Heymaey: Em seu território está localizado o túmulo sagrado de Hindar e o templo de Freya, a maior igreja desta deusa. A maior distinção deste clã para os demais é a sua piedade devido a sua carga histórica mística. Por serem pacíficos não possuem inimigo, apenas desavenças com os Drummond.

A política nas Ilhas

Diferentemente de outros reinos, em Skellige não existe o fator hereditariedade para assumir o trono. Ao invés disso existe os representantes dos Clãs (chamado de Jarros) influentes que funciona como um conselho e é permitido qualquer habitante das ilhas se candidatar, porém é comum que descendentes dos governantes anteriores se candidatem. O mandato do rei eleito só termina quando ele morre, assim, após o funeral quem deseja assumir o trono deve realizar uma missão para provar que são dignos.

Quando decidido é quem será o sucessor é realizada a coroação sob a Gedybneith, árvore sagrada que se localiza na floresta de Ard Skellig. É interessante ressaltar que o rei representa um poder figurativo e sem o apoio do Jarros dos Clãs e do Jarros de Skellige, que corresponde ao principal comandante das tropas, ele não tem poder algum.

Mais e a rainha? O que acontece é que no arquipélago é permitida a poligamia. A rainha principal será apenas a esposa que deu aluz ao primogênito do rei. No caso do rei se casar com uma rainha de fora, como é o caso do Rei Eist e da Rainha Calanthe, ela é chamada de Ard Rhena que ignifica “Alta Rainha”. Tradicionalmente, quando o rei morre é esperado que a rainha seja queimada viva junto com o corpo do marido, como que um ato de cumplicidade. Porém, isso não é uma regra que é imposta.

Religião em Skellige

Ao arquipélago possui diversas crenças e muitos nomes mitológicos que enriquecem a sua cultura. A entidade mais reverenciada, até mesmo mais que os deuses do mar, é Freya. Eles a chamam de modron (“mãe”) na língua nativa, sendo um simbolo de fertilidade, amor e beleza. Além disso, é patrona dos adivinhos e clarividentes, sendo representada nos animais falcão e gato.

Lá também é terra das divindades esquecidas Svalblod e Melusine. Os Svalblod foram um culto expulso pelos Jarros devido a seu extremismo exagerado até mesmo para a cultura das ilhas. Alguns nomes famosos que faziam parte do culto eram Sigvald, Artis e Knut. Já Melusine era uma sereia de grande poder a ponto de alguns habitantes adora-la. Após hibernar foi vista poucas vezes, saindo apenas para se alimentar. Os habitantes construíram um santuário para adora-la.

Os ilhéus também confiam bastante nos Druidas. Estes exercem papeis como conselheiros e diplomatas por serem considerados homens sábios. Também são reverenciados o mítico Hemdall, sua amante Heulyn e filhos, Tyr, Sove, Grymmdjarr, Modolf e Otkell. Na lenda, eles foram os fundadores dos clãs e primeiros governantes.

Skellige e os Games

Nos games, principalmente The Witcher 3, os ilhéus exercem um papel fundamental na busca por Ciri. Sendo basicamente o começo e o fim da jornada da personagem em fuga da caçada selvagem. ao chegar na região, Geral já se depara com o funeral do Rei Bram Tuisearch e a disputa por quem será o governante. Neste ponto, podemos ou não influenciar a história e dependendo de nossas escolhas iremos definir quem governará.

Neste trecho de The Witcher 3 podemos observar muitos das principais características descritas no texto, incluindo política e religião (culto a Freya, presença dos druidas e Svalblod). Caso opte por fazer as missões secundárias serão abordadas muitas lendas locais e mostradas criaturas interessantíssimas. Para os amantes de Gwent em The Withcher 3, a facção foi incluída com a DLC Blood and Wyne.

Falando de Gwent, os Skellige também estão presentes em Gwent: The Witcher cardgame. O jogo de cartas stand alone do universo de The Witcher traz como principal tipo de cartas guerreiros, druidas, piratas e cultistas e as habilidades disponíveis para a montagem de baralhos podem se relacionar facilmente com preceitos dos clãs. Algumas habilidades específicas das cartas desta facção (como frenesi e sede de sangue) deixam claro o impeto que possuem para batalhas e a que ponto podem chegar para vencer.

Série Netflix

Na primeira temporada da série de The Witcher, da Netflix, vimos bem pouco deles. Personagens como Eist Tuisearch, Crach an Craite, o bardo Drag Bon Du e o druida Arminho (já morto pelo dúplice) deixam claro a ferocidade em batalha, a forma de humor e o lado místico da cultura deste povo. Assim, não há muito o que falar deles na série por enquanto, apenas que se mostram de uma forma interessante e deixam o espectador curioso para conhecer mais sobre eles.

 

Fontes: Livros, Games e The Witcher Fandom.