Lançado em 09 de dezembro de 2020 , Unto The End, desenvolvido pela 2 Ton Studios e distribuído pela Big Sugar, chegou as plataformas PlayStation 4, Xbox One, PC e Nintendo Switch. Ele também foi disponibilizado para o serviço Xbox Game Pass, console e PC, já em seu lançamento. Com uma história simples e cativante, uma jogabilidade estratégica e oponentes desafiadores, ele apresentando um clima muito convidativo. Que tal explorarmos mais a fundo alguns aspectos do game?   

Uma história família

A história de Unto The End é simplista e objetiva: retornar para sua família. Logo no início, vemos o nosso protagonista saindo à caça de um servo, porém um acidente o derruba em uma galeria subterrânea. As cavernas são habitadas por criaturas que formam outra sociedade e são agressivas. Entretanto encontramos indivíduos que são capazes de se comunicar de forma mais clara e realizar trocas para a obtenção de itens usados na jornada.

Toda a narrativa estabelecida é bastante direta, não havendo cutscene de introdução ou pausas quando chegamos a novos lugares com ações importantes. O mapa é explorável, porém existe um único caminho para a jornada. As ramificações indicam que há itens necessários para a progressão ou recursos, estes que podem ser utilizados na confecção de itens para a melhoria e recuperação do personagem.

Um visual minimalista

O game tem um estilo side-scroling 2D e faz uma boa variação entre o uso de ambientes claros e escuros. Em boa parte do tempo jogamos em ambientes com pouca visibilidade, o que torna a tocha um item essencial para a navegação e planejamento das batalhas. Os gráficos possuem um estilo artístico próprio, não se mostrando muito detalhista em cenários, mas destacando os pontos diferencias nos oponentes. Isso faz com que o jogador saiba contra quem está lutando, servido como uma forma de planejar como a batalha será realizada.

Um detalhe que chama atenção pela escolha artística escolhida são os ferimentos de batalha, seja no protagonista ou nos inimigos. Como não vemos a barra de vida, um bom indicativo de ferimentos ou quão perto você está de derrotar um oponente são as suas marcas de sangramento. O mesmo detalhe é aplicado a espada do personagem, que após a batalha fica manchada de sangue.

Hora da batalha

As mecânicas do jogo são simples, porém a possibilidade de combinações e o reflexo exigido do jogador as tornam um ponto que deve ser praticado com paciência e atenção para o melhor desempenho. Assim, além dos clássicos ataques fraco e forte, bloqueio e parry, também têm a rolagem e um empurrão. A  defesa é simplificada, sendo necessário direcionar o analógico para cima ou para baixo para proteger as respectivas regiões. O jogo não obriga o cumprimento do tutorial, então caso o jogador queira entender melhor a movimentação ele pode acessar quantas vezes for necessário o tutorial básico nas fogueiras. Essas também servem para construir itens e descansar.

Quando vamos para a batalha contra os inimigos as mecânicas descritas acima funcionam muito bem. Mesmo com tantos recursos nem todos podem ser utilizados o tempo todo, pois por mais que não aja uma barra de energia, fica claro o cansaço  do personagem em sua respiração,  assim, impedindo a execução de movimentos. Além disso, um empurrão em um oponente que está bloqueando pode derrubar a espada do protagonista, exigindo que ela seja buscada para poder eliminar a ameaça. Os inimigos por sua vez, nãos e apresentam em uma variedade visual grande, mas sim, apresentam comportamentos distintos segundo a arma que portam. Isso faz com que a tática de batalha contra cada um deles seja diferenciada, pois inimigos de espada atacarão com número de golpes e bloqueios diferentes daqueles que usam adaga, por exemplo.

O ambiente também joga contra o jogador, pois o caminho é repleto de armadilhas. Quando não encontramos armadilhas com flechas e espinhos, nos depararemos com pedras caindo ou regiões comprometidas que podem despencar. Assim como os inimigos, estes obstáculos também exigem precisão e reflexo rápido para serem evitados.  Para os jogadores que sentirem muita dificuldade é possível balancear o nível dos duelos.

Veredito

Unto The End apresenta uma narrativa visual direta e competente, conseguindo estabelecer a motivação da história em poucas ações. Sua jogabilidade é desafiadora e divertida, exigindo que o jogador se aprimore para passar de áreas com inimigos que poderiam ser considerados fáceis. Tudo isso é apresentado em um visual minimalista e imersivo.

REVER GERAL
Enredo
Gameplay
Visual
Polidez
Renan Alboy
Editor do Megascópio e apaixonado por quadrinhos e jogos. Jogador de Gwent for fun e Mestre em Ciência da Computação.
undo-the-end-e-o-retorno-para-casa-criticaUnto The End apresenta uma história simples e que funciona muito bem. Suas gameplay apresenta mecânicas divertidas e combates desafiadores. Mesmo exigindo bastante do jogador, é um game acessível ao permitir o balanceamento de dificuldades.