O quadrinho The Witcher – Witch’s Lament, publicação da CD Projekt Red em parceria com a Dark Horse Comics, é o sexto título do bruxão neste formato. Lançado em quatro partes, foi finalizado em setembro de 2021 e apresenta uma história episódica e que pode ser considerado um dos contratos que Geralt encontra em seu caminho. O roteiro foi escrito por Bartosz Sztybor, o mesmo autor de Fading Memories; com arte e colorização de Vanessa R. Del Rey e cores de Jordie Bellaire.

No Brasil, o título pode ser adquirido pela Amazon no formato digital, assim como Fading Memories e as demais histórias publicadas pela Dark Horse Comics. Vem conferir a crítica do Mega e ficar por dentro do que se trata a história e muito mais!   

Enredo

Em Witch’s Lamente temos o início da história com um evento que afeta bastante Geralt. Contratado para capturar uma bruxa acusada de matar alguns homens do vilarejo, o Bruxo passa a ser assombrado por vozes que dizem que ele agiu errado, pois a mulher inocente. As vozes começaram no momento em que ela foi incendiada na fogueira, enquanto o povo local aclamava sua morte. Para agravar um pouco mais suas dúvidas Geralt começa a ter visões que o perturbam, reforçando ainda mais o ponto que uma injustiça foi feita e que novas descobertas mudariam os rumos de suas decisões.

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Roteiro e artes consistentes

Quando analisamos o roteiro do quadrinho é possível perceber uma forte influência de produções de terror trash, principalmente em momentos de muita calmaria em que eventos visualmente agressivos ocorrem repentinamente. Sem dúvida isso combinando com o ritmo da história narrada e com o universo de The Witcher. Tal cenário, combinado com uma ausência de muitos tipos de monstros, transmite um tom mais intenso em que Geralt passa de “espectador” para um elemento central ao lidar com sua culpa e o peso de suas ações de forma mais incisiva que em outras histórias.

Mesmo que o título anterior (The Witche: Fading Memories) também tenha sido escrito por Bartosz, não é possível afirmar de Witch’s Lament seja uma continuação. Assim, vale a pena levar em conta o tom episódico característico das obras do bruxão no universo dos quadrinhos. Entretanto, é nítido que aqui nos é mostrado um Geralt mais surrado e cansado do Continente e de muitas pessoas que nele habitam. Para o leitor isso pode criar um vínculo com títulos anteriores, como também mostrar outras experiências acumuladas em seus contratos.   

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Se o roteiro é sombrio a arte de Vanessa R. Del Rey e cores de Jordie Bellaire transmitem de forma precisa as intensões necessária. Os traços expressivos e um pouco sujos são preenchidos com cores frias em sua maioria, passando uma sensação de vazio em que a localidade é imersa. As cores quentes aparecem para surpreender e trazer o horror da assombração e violência a tona. 

A diagramação das páginas também chamam bastante a atenção ao adicionar dinamicidade a momentos chave. Tais momentos podem ser vistos na luta contra os monstros no primeiro volume, quando o enfoque de alguns quadros é dado nos movimentos de Geralt. Também, a fuga da floresta no volume três apresenta um layout circular labiríntico que cria um senso de urgência pela forma com que coloca os personagens em cada momento, sem necessariamente ser um evento ameaçador.

Veredito

The Witcher – Witch’s Lament coloca Geralt como o foco da narrativa ao ter que lidar com suas ações de forma mais incisiva, também mantendo os questionamentos sobre os limites morais do personagem. Seu roteiro é coerente, interessante e conversa muito bem não só com o universo do Continente, mas também com as demais obras publicadas neste formato. Artes, cores e diagramação são um show visual e se enquadram de forma precisa ao que a história pede. Por ser algo episódico é um título acessível não só aos fãs de The Witcher, mas sim, aos fãs de quadrinhos de forma geral que gostam de uma narrativa inspirada.  

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