Demorou um pouco, mas chegamos ao quinto volume das histórias em quadrinhos de Bloodborne! Intitulado Bloodborne: The Lady of The Lantern, o material foi publicado pela Titan Comics em junho de 2023, trazendo um compilado das edições individuais publicadas mensalmente. A edição mantém parte da equipe criativa das edições anteriores ao trazer Piotr Kowalski e Brad Simpson na arte e colorização, respectivamente. Porém, os roteiros está nas mãos de Cullen Bunn.
Como comentei na resenha do quarto volume, ele não funciona tão bem individualmente pelo vínculo que cria ao unir as primeira histórias publicadas. Aqui já é diferente, pois caso você não tenha lido nenhum outro volume, temos em The Lady of The Lantern o início de nova fase. Inclusive, que busca trazer de forma mais prática conceitos deste universo para novos leitores.
Narrativa
Podendo ser localizada temporalmente no momento em que se passa o game, Bloodborne: The Lady of The Lantern é uma história que se divide bem nos seus primeiros dois volumes, para unir os personagens e contextualiza-los de forma rápida. Entretanto, o foco principal da história é dívida em dois núcleos: o da caçadora Gretchen e seu aprendiz Abraham; e a história do jovem Lucien.
Começando por Gretchen e Abraham, a caçadora o salva em uma noite. Vendo que se trata de um órfão, ela se compadece da situação do garoto e o chama para ser seu aprendiz. Um certo tempo se passa e agora ele é um caçador que se mostra bastante competente. De forma semelhante, Lucien é mostrado como um garoto, que cuidava de sua irmã, Vivien, enquanto seu pai ia buscar comida. Infelizmente, ambos acabam mortos e o jovem sozinho.
Durante a aventura o caminho da dupla de caçadores é de Lucien irá se cruzar, porém o que vincula os personagens é a caçada da “Lady of The Lantern”. Ela é descrita como uma aparição fantasmagórico que hipnotiza as pessoal com sua canção, normalmente resulta do em armadilhas. A partir deste ponto, com os personagens unidos, temos o desenvolvimento da história.
O quadrinhos se propõe para um viés mais de ação e aventura ao retardar um grupo formado por caçadores, o que destoa da proposta mais lúdico das edições anteriores. A abordagem é legal e a mudança de tom trouxe um novo gás para a hq.
Arte e referências
A arte e colorização continuam com uma boa qualidade, sendo destacado o aspecto da ação. Os ambientes retratados são mais claustrofóbico e buscam trazer a seção de desesperança que habita a cidade de Yharnam com suas ruas lotadas de turbas e outros seres aí da mais perigosos se manifestando.
Na histórias, temos diferentes caçadores e cada um com sua arma característica. Para um leitor comum, alguns aspectos podem passar batido. Porém, os jogadores mais detalhistas, poderão perceber as diferenças nas formas das armas e como cada um se porta ao utiliza-las. É uma referência inofensiva para quem não jogou o game, mas que mostram atenção ao universo abordado.
Veredito
Bloodborne: The Lady of The Lantern é um bom ponto de partida para a leitura das HQs da franquia. Sua história é dinâmica e mais pautada na materialidade do universo do game, o que a torna mais acessível por não utilizar personagens presos em seus subjetivos. A arte e as cores se mantiveram duas qualidades e as ambientações representadas conseguiram cumprir sua proposta.
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