Jusant foi lançado em 30 de outubro, sendo desenvolvido pelo estúdio Don’t Nod, para a plataformas PC (via Steam) e Xbox Series X|S, já chegando em seu lançamento para o serviço Game Pass. O título traz uma premissa que chamou atenção desde seu anúncio: toda a gameplay baseada em uma escalada, com belos cenários e uma trilha sonora que transmite uma certa tranquilidade. Mantendo as características esperadas e adicionando mais elementos, o game surpreende. Vem com o Mega e confira mais detalhes como sua narrativa e gameplay.

Narrativa

A história do game tem início com nosso protagonista chegando a uma rocha por um caminho que antes era ocupado pela água. Sem muitas explicações, o jogo te coloca para escalar e desvendar mais elementos narrativos a partir da obtenção de documentos, cartas da Bianca e conchas. Além disso, a cada novo patamar alcançado é alterado o bioma, assim, sendo revelado mais acontecimentos.

Em relação aos itens, os documentos contam mais sobre a vida da população que habitava a região, enquanto que as Cartas da Bianca mostram como foi o trajeto de outros escaladores em busca do topo. As conchas são os elementos mais sensíveis, mostrando a vida/passagem de pessoas por uma região à partir da natureza e sonoridade de equipamentos presentes na redondeza.

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Reprodução/DON’T NOD

Vínculo: Gameplay e Ambientação

A gameplay é totalmente focada na sua mecânica de escalada com pitadas de exploração. Os momentos de exploração ocorrem entre as subidas e desafios, servindo para a busca de coletáveis, inclusive, que também acrescenta elementos importantes para a completude da narrativa. Em relação a escalada, Jusant se difere de jogos mais tradicionais em que a protagonista se move de forma passiva e pode realizar saltos, pois são adicionados mais movimentos e limitações para a atividade.

Entre os diferenciais está a alternância de botões para movimentar os braços do personagem unido a uma barra de estamina, assim, fazendo com que o jogador elabore qual caminho seguir, quando pular e em que pontos descansar. Para a escalada o jogador dispõe de três pinos que pode fixar até um próximo ponto de segurança, estes também sendo usados para alcançar lugares estratégicos que permitem ao personagem movimentos como se balançar na corda e correr pelas paredes.

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Reprodução/DON’T NOD

Praticamente por toda campanha a protagonista é acompanhada por uma simpática criatura que auxilia a localização e algumas interações com o cenário. Por exemplo, entre as habilidades dela está iluminar pontos escuros, ativar os murais (que são um dos coletáveis),indicar a localização de pontos importantes e ativar plantas que permitem novas áreas de escalada e são essenciais para atingir os objetivos principais do jogo.

Durante o game passamos por 6 tipos de biomas diferentes, sendo cada um deles com suas características próprias e que impactam a escalada de forma significativa. Entre eles se destacam o patamar mais árido e um com maior fluxo de ventos, respectivamente capítulos 3 e 5. Em ambos a exposição ao clima mais intenso desgasta mais rapidamente a barra de estamina e incentiva o jogador a otimizar a velocidade de escalada e pontos de segurança. Entre as características principais destes biomas estão que no mais árido, os trechos que utilizamos plantas apresentam desgastes pela forte insolação, assim, criando passagens temporárias. Já no capítulo 5, com ventos mais intensos, a direção do vento influencia os pontos que podem ser atingidos.

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Reprodução/DON’T NOD

Unindo gameplay e ambientação temos uma excelente trilha sonora que consegue situar o jogador e transmitir a intenção por trás de cada momento do game. Na maior partido tempo, a escalada é conduzida com uma música mais tranquila, assim, dando tempo para o jogador aproveitar os ambientes pelo qual está passando e explorar mais da história do local. O cenário muda em momentos mais decisivos, principalmente na transição de biomas, em que é perceptível um aumento na intensidade da trilha sonora, simbolizando bem o avanço na jornada.

Observar toda a interação do gameplay com elementos realmente impactantes é muito gostoso e satisfatório. Dito isso, vale elogiar a física realista do game, que passa a sensação da escalada de forma recompensadora.

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Reprodução/DON’T NOD

Veredito

Jusant é um jogo com um visual que chama a atenção, principalmente em relação às belas paisagens, e mecânica dedicada à escalada, que é enriquecida a cada novo bioma encontrado. Porém, ele vai mais fundo do que o visual apresentado ao adicionar uma jogabilidade dinâmica, reflexiva e relaxante, porém com algumas partes que podem apresentar desafios acentuados.

Dadas essas características é fácil se ver imerso no jogo e se colocar na pele da protagonista. Assim, se encantando a cada obstáculo superado e micro objetivo atingido. Seu enredo tem um início vago, mas ganha diversos significados ao avançar do game e a trilha sonora agradável é uma parte fundamental para encapsular o sentimento que quer ser transmitido. todos esses elementos citados acima quando combinados formam um título muito marcante.

Em relação a parte mais técnica, poucos bugs foram presenciados e suas mecânicas de escala da funcionam bem e os desafios que vão sendo apresentados em cada bioma torna os capítulos marcantes. Sem dúvida uma indicação certa para os diversos públicos de jogadores. Até mesmo para aqueles que vão jogar sem muitas pretensões podem se deparar com um título criativo e cativante.

REVER GERAL
Enredo
Trilha Sonora
Visusl
Direção de arte
Mecânicas
Renan Alboy
Editor do Megascópio e apaixonado por quadrinhos e jogos. Jogador de Gwent for fun e Mestre em Ciência da Computação.
critica-jusant-traz-mecanicas-de-escalada-e-narrativa-sensivelJusant é um jogo com um visual que chama a atenção, principalmente em relação às belas paisagens, e mecânica dedicada à escalada, que é enriquecida a cada novo bioma encontrado. Porém, ele vai mais fundo do que o visual apresentado ao adicionar uma jogabilidade dinâmica, reflexiva e relaxante, porém com algumas partes que podem apresentar desafios acentuados.